Esta é a primeira de uma série de quatro postagens
detalhando melhor a ambientação da campanha. Sei que já poderia ter publicado
este tipo de informação há bastante tempo. Porém, acredito que ainda não é
tarde demais para melhorar um pouco o conhecimento dos jogadores sobre a cidade
onde se passam as aventuras.
O material que compõe as quatro postagens foi versado
do inglês de textos publicados nos livros “Pathfinder
Companion: Cheliax, Empire of Devils”, “Pathfinder
#25: The Bastards of Erebus” e “Council
of Thieves: Player’s Guide”. O conteúdo deste texto é livre de spoilers e
contém apenas informações que qualquer residente da cidade sabe ou descobriria
facilmente.
Illustration by Kevin Yan |
Parte 1: Introdução
Existem amplas camadas de poder, política e governo em Westcrown, e, enquanto muitas são óbvias,
várias outras permanecem obscuras até
se choque com elas. Em termos de conhecimento comum, os
poderes da cidade começam com as lâminas de seus soldados e seguem em
fluxo ascendente para os grandes bolsos
do prefeito e da nobreza local.
Os Dottari
As
principais forças da lei e da ordem em Westcrown são os dottari, os guardas da
cidade. Todos eles usam o símbolo do Aroden pintado em preto sobre um fundo
vermelho, geralmente em um escudo ou em um tabardo.
Oficiais vestem o símbolo invertido (vermelho no preto) no braço, antebraço, ou
em um anel (indicando uma alta posição). Eles sempre viajam em esquadrões de
seis a sete soldados e um tenente. O líder do dottari é o duxotar, atualmente
sobrinho do prefeito Iltus Mhartis.
As Casas Nobres
Doze
grandes casas nobres possuem autoridade sobre Westcrown, cada uma delas
possuindo o comando de várias pequenas famílias nobres. Destas 12, é importante
notar que as casas Drovenge e Oberigo cimentaram a sua posição ao apoiarem
secretamente a ascensão dos Thrune. As outras 10 casas principais são, em ordem
decrescente de influência, Salisfer, Grulios, Arvanxi, Julistarc, Dioso,
Tilernos, Phandros, Khollarix, Rosala e Mezinas.
Os Editais do Rio
As
Leis da viagem, também chamados de “Os Editais do Rio”, são bem conhecidas por
aqueles que navegam nas águas internas e periféricas de Westcrown. Encontrar
formas de burlá-las é um antigo passatempo. Em primeiro lugar, ninguém (nem
mesmo as tropas imperiais) pode interromper o curso de água de alguém no rio.
Em segundo lugar, nenhum canal pode ser bloqueado ou fechado salvo por aqueles
com autoridade de duxotar, oficiais do palácio, ou o comandante naval da cidade
imperial. Terceiro, invasão não autorizada de águas imperiais (um perímetro de
15 metros ao redor de qualquer embarcação imperial em movimento, ou 30 metros
de uma ancorada) é punível com ataque imediato e potencial morte. Em quarto
lugar, os ataques às embarcações da costa são permitido apenas na defesa do
patrimônio da cidade.
As Bestas-Sombrias
Estas
estranhas criaturas surgiram pela primeira vez em 4676 ar. Os dottari foram
incapazes de lidar com o problema, assim como mercenários. Por isto, o prefeito
declarou um toque de recolher para manter os cidadãos fora das ruas durante a
noite. O toque de recolher continua em vigor por mais de 30 anos. Hoje, com o
crepúsculo de cada dia, os negócios apressadamente fecham e casas respeitáveis
acendem lanternas na parte externa de suas portas. Os dottari acendem pyrahjes
(tochas do tamanho de homens) nas principais ruas da cidade e patrulham entre
estas ilhas de luz. Tabernas e estabelecimentos similares mantêm sacos de
dormir para aqueles que ficam depois de escurecer, coletando uma taxa
costumeira de duas peças de prata para pensionistas logo após o crepúsculo.
Aqueles obrigados a saírem para as ruas depois do anoitecer normalmente
carregam halorans, varas com 2 metros de altura com um gancho pendurando
lanternas brilhantes, publicamente disponíveis nas avenidas mais movimentadas
da cidade.
A Arodennama
Medindo
27 metros de altura entre seu topo e sua base na Elevada de Aroden e moldada em
maciços blocos de mármore branco, a estátua antecede qualquer história Avistani
conhecida e todas as outras estruturas existentes em Weastcrown. O clero em
Absalom clama que os doze seguidores de Aroden construíram a Arodennama com
suas orações, o seu suor e a sua magia. A estátua de Aroden fica voltada para o
rio e a ilha, com o seu peito orientado para capturar os raios do sol nascendo
e se pondo. Cobrindo o seu peito há um símbolo incrustado em prata maciça
representando um olho alado, com suas asas espalhando-se por suas mangas
enroladas e abaixo de seus braços.
Desde
a época da fundação de Weastcrown, uma variedade de santuários de peregrinação,
abrigos, casas de congregação, pequenos templos e até um considerável
anfiteatro cresceram em torno da estátua na expectativa da chegada de Aroden. A
maioria encontra-se agora negligenciada, povoada apenas pelos desesperados e
pelos desiludidos. Apesar da perda do deus da humanidade e de um século de
sujeira acumulada nos pés e pernas da estátua, a Arodennama ainda inspira
admiração em todos que viajam para vê-la. Nenhum pássaro, mago vingativo ou
monstro voador nunca conseguiu mesmo manchar as partes superioras da estátua e
nenhuma corrosão escurece o Olho de Aroden prateado brilhando em seu peito.
Glossário
Dottari: A
guarda das cidades chelishianas;
Durotas: Um
capitão da guarda da cidade;
Duxotar: O
comandante da guarda da cidade;
Wiscrani: Um
morador ou alguma coisa própria de Westcrown (adjetivo pátrio).
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